10.22.2007

A armadilha da eleição

Nossos governantes nunca vão melhorar nossas vidas, nunca vão baixar impostos. Nem o buraco da nossa rua vai ser fechado se deixarmos nas mãos deles.
Tenho meu título de eleitor desde meus 16 anos de idade. Lembro que naquele momento comecei a fazer parte da mudança por um futuro político melhor. Lembro também que mesmo antes de estar apto para votar já havia simpatizado com um candidato.
Ele era barbudo, falava errado e tinha as mesmas dificuldades do que eu para viver. Era o Lula, nosso atual presidente. Há algum tempo eu acreditava que o futuro certo da nação estava na mão de apenas um partido político. Mas eu e muita gente ficamos decepcionados. Ao poucos percebi que a verdade e a honestidade não estão somente na mão de alguém e que a sujeira e a corrupção existem em todas as legendas políticas.
Já temos sinais que a campanha política recomeça. Vemos isso na TV, rádio e placas. Essas campanhas vêm com afirmações de que cada partido é dono da honestidade, da verdade e da decência.
Diante disto, constato que se tem uma coisa que não vai melhorar a realidade é votar no candidato que simpatizo. A busca pela melhora de uma cidade, estado ou país não está no resultado das eleições. O filósofo contemporâneo, Jean Paul Sartre, publicou um artigo com a seguinte afirmação: Eleição, armadilha para otários. Essa armadilha pega somente quem acha que os políticos representam a minha ou a sua vontade.
Se tem uma coisa que vai ajudar a melhorar este mundo é a nossa atitude de não ficar acomodados, esperando que eles resolvam alguma coisa, e olhando para nosso próprio umbigo. Nenhum partido político vai resolver os problemas da nossa cidade, nem PT, PSDB, ou qualquer outro que você tenha em mente. Quem vai resolver os problemas somos eu e você. Não deixe nosso futuro nas mãos dos governantes. Faça as coisas acontecerem. Comece com atitudes simples, como economizar água, não jogar lixo no chão, isso fará com que você seja alguém mais crítico e consciente.
Acredite, assim o universo ao seu redor irá mudar. Mas se você não quiser fazer nem isso, então me faça um favor, rasgue seu título de eleitor.

Jeferson Luiz Corrêa
Estudante de Filosofia e Jornalismo.

Artigo publicado no jornal Fala Brusque - Outubro/2007

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